Havia no interior um rapaz muito bonito, um vaqueiro. Ele era muito cogitado pelas meninas de lá, que estavam sempre o rodeando. Sempre muito sedutor ele conversava e sorria pra todas. Porém nenhuma delas sabiam as dúvidas que pairavam em seus pensamentos. Certo tempo ele foi discriminado por ser tão galateador e estar com uma e outra.
Ninguém havia perguntado a ele o motivo pelo qual agia daquela forma. O fato é que ele se sentia perdido e sozinho. Orfão de pai, carregava nas costas o peso de ser o homem da casa, protetor da família, da mãe e irmãs, e buscava em cada menina a o verdadeiro amor. Se apaixonava fácil, não tinha intenção de enganar ninguém, se sentia abatido, perdido, tudo era uma forma de auto defesa.
Um certo dia, uma amiga observou que ele mordia contantemente as amarras de seu chapéu, estragava todas que colocava, mordia até estraçalhar, em poucos minutos, e então o chapéu acabava voando com o vento. Com isso ela resolver dar-lhe uma pequena lição sobre o que acontecia com ele.
Quando estragava as amarras, elas já não serviam ao próposito incial, da mesma forma ele já não servia ao seu propósito de ser feliz, por deixar-se destruir, abater por qualquer circustância e assim destruía também a felicidade dos outros. Enquanto ele permitisse que isso acontecesse ninguém poderia fazê-lo feliz e ele não poderia fazer ninguém feliz.
Não permitam que ninguém os enganem, e nem se permita enganar ao próximo. Confiança é essencial, mas a possessão, orgulho, inveja, cobiça, ódio, rancor, e ira destroem o mundo.
Deixem as amarras do seu chapéu inteiras, para que sirvam ao seu propósito de mantê-lo em suas cabeças, assim não pegará sol no campo, no tempo de plantio e de boa colheitas, serão sempre bons companheiros.